CHICO
XAVIER E EVENTOS MARCANTES DE JULHO (*) Antonio
Cesar Perri de Carvalho
Na
trajetória da vida de Chico Xavier, alguns eventos importantes transcorreram no
mês de julho, e, principalmente no dia 8, todos na cidade de Pedro Leopoldo
(MG).
Com
dezessete anos de idade, recém conhecedor do Espiritismo, no dia 8 de julho de
1927, Chico Xavier fez sua primeira psicografia numa reunião pública do novel
Centro Espírita Luiz Gonzaga. Atendendo a conselho da médium Carmem Pena Perácio
dispôs-se a escrever e psicografou dezessete páginas assinadas por “um espírito
amigo”.1
Cinco
anos depois, depois do interesse e apoio de Inácio Bittencourt e de Manoel
Quintão, a FEB lançou o primeiro livro mediúnico de Chico, no dia 8 de julho de
1932.1,2 Em entrevista, o médium destacou: “Não exagero afirmando
que, dentre os amigos encarnados, devemos a Manoel Quintão o lançamento
do Parnaso de além túmulo, em 1932”.1
No
dia 8 de julho de 1941, o espírito Emmanuel conclui a elaboração de Paulo e
Estêvão, assinando a apresentação do romance histórico.3 A obra
foi psicografada ao longo de poucos meses, no ambiente simples e bucólico da
Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo (MG). No ano seguinte, foi editada pela
Federação Espírita Brasileira. Chico declarou que este romance e uma obra de
Maria João de Deus foram as que mais o sensibilizaram durante a
psicografia.1
Nos
10 anos iniciais de suas tarefas, Chico Xavier já se diferenciava e demonstrava
características ímpares.
Em
entrevista a Elias Barbosa, face à pergunta sobre “o método que Emmanuel tem
seguido em seu desenvolvimento mediúnico”, Chico responde: “- Estudo e trabalho,
com disciplina e dever cumprido”.1
As
citadas efemérides nos ensejam reflexões sobre o importante período de
consolidação dos labores mediúnicos de Chico Xavier nos ambientes simples da
pequena cidade interiorana de Minas Gerais.
Repetimos:
“Em que pesem a importância e a significação do labor do médium ao longo de mais
de sete décadas, as centenas de obras psicografadas, o reconhecimento e as
homenagens de que foi e continua sendo alvo em nosso país, destacamos a
concretude de seus exemplos de dedicação, simplicidade, humildade e amor ao
próximo.”4
Fontes:
1) Barbosa,
Elias. No mundo de Chico Xavier. 2. ed. Araras: IDE. 1975.
166p.
2) Xavier,
Francisco Cândido. Parnaso de além túmulo. Palavras minhas. 19. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2010. P. 31-36.
3) Xavier,
Francisco C. Paulo e Estêvão. Pelo Espírito Emmanuel. ed. esp. Rio de
Janeiro: FEB, 2002, Cap. Breve notícia, p.8-9.
4) Carvalho, Antonio
Cesar Perri. Chico Xavier – 13 anos depois. http://grupochicoxavier.com.br/chico-xavier-13-anos-depois/
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