Refletindo

Refletindo


Albucacys Maurício de Paula Filho


Consultando meus arquivos, encontrei pequeno texto que, tempos atrás, dediquei a alguns amigos de estudo sistematizado da Doutrina Espírita e que, agora, devidamente adaptado, ofereço aos nossos leitores como material para reflexão.

Este texto falava da época áurea da humanidade, quando rememoramos o Advento do Cristo, lembrado pela maioria das religiões cristãs em 25 de dezembro.

Nesse período busca-se pensar em paz, beneficência, caridade, amor e tantas outras virtudes sobre as quais temos maior dificuldade de refletir no cotidiano.

Talvez isso ocorra como tentativa de recuperar o tempo perdido, como maneira de compensar aqueles que nos rodeiam e que, muito comumente, esquecemos durante todo o ano. Não o esquecer de não lembrar da existência da pessoa ou mesmo de estar junto, mas o esquecer de não ter tempo para ela, de ouvi-la, às vezes até de escutá-la, de não lhe dedicar o tempo e a atenção que merece.

Possivelmente, por um mecanismo de compensação, acorremos às lojas atrás de algo simpático, simples, que agrade o nosso “amigo”, que represente o nosso sentimento em relação à pessoa presenteada. Relembramos seus gostos, suas preferências e transferimos para o “material” aquilo que deveríamos ter fixado no “espiritual”.

O planeta, sob a influência de vibrações concordes, nessa época muda. Movimentos vibratórios mais suaves, clima de solidariedade, emoções afloradas... É como se o Cristo ressurgisse dentro de nós e, em verdade, Cristo nasce ou reaparece polimorfo em diversos corações. Nalguns de forma modesta, quase imperceptível, noutros de maneira esfuziante. Nesse ímpeto de agraciar o semelhante com as alegrias que recebemos, ou que deixamos de

compartilhar, tentamos transferir o que ainda não está totalmente interiorizado. Difícil entender como dar o que ainda não possuímos realmente.

Quanto mais a consciência nos adverte daquilo que devemos ou deixamos de fazer, mais nós depositamos no “material” a responsabilidade de resgatar e compensar a amizade que pouco cultivamos. Lembremos da música Epitáfio: “Devia ter amado mais...”.

Importante que reflitamos sobre nossas atitudes, nossas conquistas, nossas derrotas, nossas tristezas e alegrias e afiramos nosso saldo. No caso de déficit, lembremos que não é o material que substituirá o espiritual ou o compensará. Então, tentemos, pelo menos, divulgar mais a Doutrina do Consolador, o Evangelho de Jesus, tenhamos mais a “coragem da fé”, busquemos para encontrar, batamos para que as portas se abram, peçamos a Deus coragem, paciência e resignação e Ele sempre nos dará.

Afinal, o Natal deve ser todos os dias, ou não?

Reflexionemos, então, sobre as frases a seguir:

“O passado é a raiz do presente, mas o presente é a raiz do futuro.”

“O amanhã germinará das semente do hoje”.

“A disposição para servir, por si só, já simplifica obstáculos”.

“Se não gostas ou não queres trabalhar, sempre encontrarás justificativas para dissimular a ociosidade. O progresso de que necessitas não te desculpará o tempo perdido ou mal empregado”.

“O exemplo do bem começa nos gestos pequeninos’”.

“Por mais humilde que seja um bom trabalho inspira uma sensação de vitória”.

Diante de tudo isto, só me resta dizer: Sucesso em seus empreendimentos de melhora e muita paz!

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